Cimento: use com moderação


A produção de cimento responde por nada menos que 5% das emissões totais de CO2.

20 bilhões de toneladas de concreto foram utilizadas em todo o mundo em 2009. O produto é o segundo mais consumido pelo homem. Perde apenas para a água.

271 kg foi o consumo médio per capita de cimento no Brasil em 2009. Na China, esse número quase quadruplica.

De acordo com o site Planeta Sustentavel nossa indústria cimenteira é a mais sustentável do mundo porque emite 30% menos CO2 que a média global. Enquanto a média mundial de emissão de CO2 chega a 900 kg por tonelada de cimento, no Brasil esse número cai para 600 kg.

O perigo está na receita do produto, cuja base chama-se clínquer, uma mistura de calcário e argila altamente poluente, obtida em fornos que chegam a até 2 mil °C de temperatura. Ao diminuir a porcentagem desse componente, substituindo-o pelas chamadas adições, a indústria brasileira reduz a quantidade de CO2 lançada à atmosfera.

Dessas novas composições surgem as várias classificações do cimento: o CP III (feito com até 70% de escória das siderúrgicas), o CP IV (leva de 15 a 50% de cinzas resultado da queima do carvão em termelétricas), o CP II (emprega 6 e 34% de escórias , cinzas volantes e calcário) - Dados da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Esse índice brasileiro pode melhorar ainda mais com a utilização de filtros que reduzem a poluição e com a substituição de parte do combustível fóssil queimado nos fornos por biomassa ou lixo, como pneus usados por exemplo. Esse processo chamado de coprocessamento já é adotado por 37 das 51 fábricas nacionais que produzem clínquer.

Mas há algumas coisas que podemos fazer para ajudar nesse processo. O grande desperdício nas pequenas obras, a ausência de gestão eficiente no canteiro ou a falta de projetos com estruturas mais racionais muitas vezes faz gastar mais cimento do que o necessário.

A arquiteta Diana Csillag do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), da as dicas de como fazer a nossa parte nessa historia. Na hora de comprar e usar o cimento, vale a pena adotar alguns critérios:

- Escolha bons fabricantes: não existe sustentabilidade sem formalidade, legalidade e qualidade.
- Exija do responsável por sua obra cuidados na execução e na gestão do canteiro para evitar excessos e desperdícios.
- Priorize, sempre que possível, cimento com menor percentual de clínquer, como o CP III e o CP IV.
- Dê preferência a empresas com projetos reconhecidos de responsabilidade socioambiental.

Fonte: Planeta Sustentavel

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