Economia na obra

A casa da gente cada vez mais é fruto de um projeto pessoal.

Como arquiteta estabeleço sempre um critério que é primordial: não estou projetando para mim. É preciso descobrir o sonho do outro, tentar captar esse sentimento e realizar.

Isso não é fácil porque muitas vezes nem mesmo a pessoa sabe o que quer. Todo o processo de projetar torna-se então uma dinâmica de descobrimento, de exercícios que temos que induzir para a pessoa descobrir o que realmente deseja.

Isso não é regra geral, claro. Tem muitas pessoas que já tem a imagem perfeita do que querem. Precisam do arquiteto apenas para, vamos dizer assim, avalizar aquele desejo. Cada projeto é uma nova experiência. Considero mais difícil essa parte da percepção do desejo do cliente, do que o projeto em si. Normalmente, tiradas as complexidades, no que diz respeito ao projeto, o arquiteto tira de letra.

Além do mais ainda temos que considerar as limitações financeiras. Não adianta fazermos projetos estratosféricos quando a pessoa não vai ter condições de executar daquela maneira. Nem sempre nos deparamos com pessoas que tem um capital já destinado e suficiente para realizar a casa própria. É preciso então entender essas limitações que vão definir os critérios de projeto.

As mudanças no jeito de morar vão acalentando os sonhos de cada um. O importante é amadurecer bem os planos e esperar o momento oportuno para tirá-los do terreno das idéias e transformá-los enfim, em realidade. Nesse ponto o projeto bem definido tem a sua importância. E para isso é preciso fazê-lo caber no orçamento.

Um bom planejamento permite que sejam executados por partes e sem pressa. Se você conseguir fazer toda a parte de obra de uma vez para evitar transtornos repetidos (demolição, construção, pintura, gesso, etc) a parte da marcenaria, cortinas e mobiliário que geralmente é bem cara, pode ficar pra depois.

O site Casa Abril mostra algumas historias de reformas com orçamento limitado e orienta alguns passos que devem estar na cabeça tanto de quem projeta quanto de quem está querendo fazer a mudança:

1. Estabeleça prioridades. Se a verba for curta, use-a em reformas urgentes ou que possam gerar renda, como um home office.
2. Faça vários orçamentos. A variedade de marcas e preços do material de construção é enorme. O mesmo acontece com os honorários de arquitetos e prestadores de serviço.
3. Prefira pagar à vista. Assim você amplia a margem de negociação.
4. Se for financiar a obra, pesquise as taxas de juros. Muitos bancos possuem linhas especiais para reforma e construção e cobram, para pequenos valores, 2% ao mês, em média.

Eu acrescentaria ainda: procure fazer uma previsão do que vai gastar e determine como você poderia ir fazendo esse desembolso. Você pode contar com a ajuda de um engenheiro ou arquiteto para isso e verá que muitas vezes não é necessário abrir mão do seu sonho. Basta planejá-lo.

E outra: o valor da mão de obra sempre deve ser pago a vista, mas a parte referente ao material, que geralmente se constitui em cerca de 50% do valor da obra, você consegue parcelar em quase todas as lojas de material de construção. Isso alivia bastante o desembolso inicial.

Então, realize seus sonhos...



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