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Mostrando postagens de abril, 2011

Preparação para a Rio+20

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Em Junho de 2012 o Rio de Janeiro sediará a conferência Rio+20. Vinte anos depois, um dos objetivos é fazer um balanço sobre os compromissos firmados na Rio 92. Isso será o fim de um ciclo e o início de outro. Em 2012 se encerra também a vigência do protocolo de Kyoto. Além disso, fala-se numa economia verde, um “Green New Deal”, ou seja, uma forma de aumentar a riqueza reduzindo os riscos ambientais. Como fazer para impulsionar o crescimento econômico com eco-eficiência e novas tecnologias, orientando fluxos de capital e incentivando setores de baixo carbono, apostando em novas formas de crescimento, geração de empregos e mercados. Outro ponto é a arquitetura institucional que deveria caminhar para uma democratização do sistema internacional e das instituições. Realmente, como diz André Trigueiro, é preciso valorizar inovações que são capazes de produzir sem emitir carbono, que reduzem desigualdades e alimentam a população sem envenená-la, que fortalecem os direitos, que são verdadeir

Qualidade do ar interno

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O arquiteto tem uma grande responsabilidade não só para com o ser humano como também com a natureza. Isto porque a construção por si só é um ato de agressão contra a natureza. É uma das atividades que causa maior impacto sobre o meio ambiente levando em conta a extração de matérias primas e recursos necessários, o consumo de energia despendida em todo o processo, além da geração de resíduos resultante muitas vezes destinado a locais inadequados. Ao construir devemos estar sempre atentos nas decisões entre as exigências efetivas do empreendimento e o respeito ao ambiente como um todo, natural, construído, social, etc Um aspecto muito importante é a qualidade do ar interno de um edifício que é um dos itens da Arquitetura Sustentável. Já sabemos que passamos 90% de nosso tempo em locais fechados, onde a qualidade do ar pode ser pior do que a do ambiente externo. Entre os poluentes do ar interno estão as toxinas (como do amianto) e o formaldeído encontrado em vários materiais de construç

Projeto de Escola de Educação Infantil

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Muitas pessoas me perguntam a respeito de orientações e bibliografia para desenvolvimento de projeto de escolas de Educação Infantil, conhecidas como creches e pré escolas. A educação básica no Brasil atual se divide em 3 níveis de atendimento: infantil, fundamental e o médio (ou técnico). O que chamamos de Educação Infantil   é a 1ª etapa da Educação Básica, o atendimento a crianças de 0 a 6 anos, ou melhor, de 0 a 5 anos e 11 meses porque com 6 anos a criança “teoricamente” já faz parte do 1º ano do ensino fundamental. Apesar de muitas vezes considerarmos para esse nível de ensino a criança a partir de 4 meses, prazo legal de amamentação, devemos considerar a fase desde o recém nascido porque no caso da mãe falecer no parto, a escola deve oferecer condições para receber essa criança mesmo com dias de nascida. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Lei 93.94/96) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) regidos pela Constituição, definem como responsabilidade do Estado a

Ainda falando sobre o lixo

Resolvi compartilhar um vídeo com uma reportagem da Globo que achei muito interessante sobre o sistema de coleta de lixo utilizado em Barcelona. Desta maneira não existe mais presença das famigeradas latas de lixo ou containers derramando lixo pelas calçadas nem mesmo caminhões de coleta fazendo barulho e derramando chorume pelas ruas por onde passa. Trata-se de uma população civilizada. Não tenho certeza se funcionaria no Brasil. Tem que haver cultura pra isso. Pra começar as pessoas não teriam paciencia para fazer a separação do lixo adequadamente, daqui a pouco teria lixo orgânico dentro da tubulação do seco ou vice versa. Apesar de achar que estamos muito distantes dessa realidade, gostaria muito de ver isso funcionando aqui em Brasilia. Como diz a reportagem o custo se justifica no curto prazo e os benefícios para a cidade são imensos. http://www.cidadespossiveis.com/post/606689809/a-ideia-de-um-sistema-subterraneo-de-coleta-de

Capacidade termo-acústica da fibra do coco

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Quem não gosta de tomar uma água de coco geladinha, isotônico natural e repositório energético de excelente qualidade quando nas praia ou nos parques,? Muito pouca gente, entretanto se preocupa com a quantidade de cascas de coco que se acumulam pelas diversas praias e parques do nosso país. Se começarmos a pensar que   com uma área plantada de 290.515 hectares temos 2 bilhões de frutos produzidos anualmente no Brasil e que para cada 250 ml de água de coco verde consumida, 1 KG de casca de coco é gerada como lixo,   podemos entender porque o Brasil possui  cerca de 3,84 milhões de tonelada de resíduos, sendo 1,53 milhão de casca e 1,69 milhão de folhas lançadas em aterros de lixo e principalmente em vazadouros clandestinos. (Fonte: Embrapa) O consumo de coco seco representa 85% da produção, sendo utilizado para a culinária ou na obtenção de diversos produtos (leite, sabão, óleo, etc). O restante é consumido ainda verde para extração da água diretamente pela população ou ainda industr

Dinheiro jogado no lixo

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É vergonhoso saber que de 1999 até hoje, o DF,   Capital da República liberou mais de R$ 2 bilhões para empresas terceirizadas fazerem a execução e manutenção das atividades de limpeza publica. Com a falta de fiscalização o lixo tem sido um filão para corrupção, mesadas e propinas. Desde de 2006 esses contratos são renovados semestralmente em caráter emergencial, isto é, sem licitação. Isto porque deixam a situação ficar insustentável para poder aplicar aquela concessão da lei que permite contratar sem licitação os serviços emergenciais. A emergência desta maneira se renova em contratos ilegais para empresas que apenas recolhem todo o lixo do DF, seja ele residencial, hospitalar ou da construção civil e o despejam no Lixão da Estrutural. Até hoje a coleta seletiva em todo o DF tem funcionado de maneira parcial e insatisfatória porque mesmo nos locais em que a população se esforça por separar o lixo orgânico do seco, no final tudo é misturado e tem a mesma destinação. Embora o Plano Di

Revestimento de salas de aula

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Os revestimentos internos dos ambientes escolares tem sido muito discutidos com a finalidade de facilitar a limpeza e diminuir a frequência da pintura nas áreas de uso freqüente do aluno. Não raro vemos escolas com paredes sempre sujas pelos pés dos alunos ou danificadas pelo freqüente atrito com as cadeiras. Durante algum tempo havia no FNDE um programa que tinha por finalidade a adequação dos ambientes de uso do aluno, ou seja, sala de aula e sanitários. Era o Projeto de Adequação do Prédio Escolar (PAPE) destinado apenas às regiões norte e nordeste como sendo áreas prioritárias de atendimento. Durante esse tempo foi produzido um material riquíssimo a respeito de critérios mínimos de infraestrutura para esses ambientes educativos cujos manuais estão publicados e podem ser encontrados no site do FNDE ( http://www.fnde.gov.br/index.php/fundescola-publicacoes ) item b - Manuais Tecnicos Operacionais. A maioria das escolas públicas dessas duas regiões conhecem muito bem esses critérios.

Energia limpa

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A busca por energias renováveis têm trazido a tona um debate sobre as fontes alternativas de energia como a fotovoltaica, na qual as celulas solares convertem a luz solar diretamente em eletricidade. É o inverso do que acontece com as lâmpadas de LED quando a energia elétrica é transformada em luz. O Brasil é um país de grande potencial energético nesse sentido. Com a maior área territorial dos trópicos recebe, consequentemente, uma quantidade gigantesca de radiação solar. "O lugar menos ensolarado do Brasil (Florianópolis) recebe 40% mais energia solar do que o lugar mais ensolarado da Alemanha”, compara o especialista Ricardo Rüther, do Laboratório de Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A energia solar fotovoltaica é a forma de produção de eletricidade que mais cresce no mundo atualmente. Segundo estudos do Instituto de Energia da Universidade da Califórnia e da Associação das Indústrias Fotovoltaicas Europeias, desde 2003 o índice de expansão dessa i

Sustentabilidade veio pra ficar

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Pode ir se acostumando: a preocupação com a sustentabilidade veio para ficar. Isso porque essa coisa não é uma preocupação passageira. E um dos motivos é o bom e velho capitalismo. Ser verde dá lucro. Pode-se ser ecológico e ganhar dinheiro ao mesmo tempo. Isto porque quando se consegue poupar recursos, além de preservar o planeta acabamos por melhorar a produtividade, a rentabilidade o que leva a lucros maiores. De acordo com a revista Isto é Dinheiro, na Europa e nos Estados Unidos, os indicadores acionários ligados à sustentabilidade mostram desempenho que movimentam US$ 8 bilhões. No Brasil, as empresas que adotam boas práticas nos campos social e econômico também se destacam na Bovespa. Além disso, para criar um mundo sustentável, um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê que o reordenamento da economia em um patamar sustentável terá  impacto direto na redução da pobreza, ajudando, inclusive, na criação de empregos Temas como a eficiência ener

Chaveiros com bichinhos vivos

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Uma nova moda anda surpreendendo os turistas na China: pequenos chaveiros feitos com peixes, largartixas e pequenas tartarugas seladas em plástico. Os bichinhos são colocados vivos nos saquinhos de plástico e vendidos por 10 Yans, o equivalente a R$2,40. A água colorida dos chaveiros contém nutrientes que permitem os animais viverem ali dentro por alguns meses, depois disso morrem devido a falta de oxigênio. Segundo os chineses esses chaveiros são considerados como amuletos de boa sorte. Não pra os pequenos animais que são condenados à morte, claro. Muita gente compra esses chaveiros bizarros apenas pra soltar os bichinhos que estão presos la dentro. Quem quiser que entenda a razão do ser humano.

Lixo nosso

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A geração de resíduos é inerente às atividades humanas desde os primórdios da história, quando esta produção se constituía basicamente em material orgânico facilmente degradado e passiveis de serem reabsorvidos pela natureza. Com a Revolução Industrial e a expansão do consumo, os resíduos se modificaram em quantidade e composição, tornando-se um dos grandes problemas socioambientais da atualidade. Considerando que mais de 80 % da população total vive atualmente nas cidades, essa questão é foco das discussões como algo necessário e urgente, principalmente porque a baixa qualidade de vida tem sido agravada cada vez mais pelos problemas de destinação dos resíduos gerados. E quando falamos em resíduos urbanos gerados devemos considerar não apenas o lixo como também o esgoto. Esse assunto tem me deixado indignada com o comportamento das pessoas.   Todos, como cidadãos deveriam se envolver com essas questões porque a natureza nos fornece tudo que precisamos, mas não podemos retribuir utiliza

A fúria da natureza

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Parece que nos últimos tempos temos tido mais notícias que antigamente a respeito de catástrofes originarias na fúria da natureza. Será que era apenas falta de informação? Pode ser. A comunicação hoje em dia é muito mais eficiente. Tsunami no Japão Furacões Mas um dado é definitivo e inquestionável: nosso planeta vem sofrendo modificações e isso gera uma série de conseqüências na população. Como arquitetos não temos muito o que fazer   a respeito de uma série dessas catástrofes naturais como os Tsunamis por exemplo, terremotos, vulcões ou o avanço paulatino do mar sobre as cidades resgatando territórios. Mas, por outro lado, há sim coisas que devemos observar no desenvolvimento de um projeto para evitar problemas futuros do tipo de certas catástrofes que tem ocorrido. Na maioria das vezes as condições ambientais de um local não são devidamente avaliadas para a execução do projeto e, conseqüentemente resultam em prédios desvinculados das características físico climáticas do sítio e

Arquitetura Escolar e Sustentabilidade

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A arquitetura escolar se ocupa de estudar e propor alternativas para acolher os serviços oferecidos pelos sistemas de ensino. As periódicas reformas do ensino, ao incidirem sobre a organização curricular, geram demandas de novas tipologias para os espaços da escola, resultando em especificações de ambientes com configurações variadas, que procuram corresponder às necessidades emanadas das propostas pedagógicas vigentes. As instituições que têm a responsabilidade de criar e manter os espaços educativos tem enfrentado grandes desafios para acompanhar o ritmo dessas mudanças, incorporando as diferentes dimensões que decorrem de novos enfoques dos processos de ensino e de aprendizagem. Manter a atualização, diante de novos requisitos sociais, culturais e políticos, entre outros, tem sido o objetivo perseguido ao longo da história da arquitetura escolar, em particular pelas instituições que se ocupam da escola pública. Horta na CE Infantil Cotia-SP O rápido crescimento demográfico, o esban

Pela paz

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http://www.riodepaz.org.br/home.html Pela paz no Rio Pela paz no Brasil Pela paz no Mundo

Primeira Escola com certificação LEED no Brasil

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Fico feliz de ver notícia como esta. Este Colégio no caso é estadual. Parabens à Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro na busca de soluções inovadoras e principalmente contribuindo com a missão da escola em promover a educação ambiental. O próprio edifício escolar se torna uma ferramenta de ensino rumo à vivência e a conscientização sustentável não só do educando como de suas famílias porque a educação que se aprende na escola se leva pra casa. E vice versa. http://ecotelhado.blog.br/?p=948 Primeira escola com certificação LEED no Brasil terá Ecotelhado Mais uma vez, nós estamos participando de um grande projeto sustentável no Brasil . O Colégio Estadual Erich Walter , localizado na zona oeste do Rio de Janeiro , conseguiu a certificação LEED Schools , própria para escolas com projeto sustentável. E o mais bacana são os detalhes: esta é a primeira escola brasileira a buscar o selo LEED e a primeira escola pública do mundo a tomar esta iniciativa . A escola ainda finaliz

Coberturas Verdes

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Parece uma coisa muito distante pra você? Muitas vezes as pessoas tem uma certa prevenção ou preconceito contra telhados verdes. Se a cidade tem um índice pluviométrico que garante uma irrigação desse telhado durante todo o ano, a idéia parece mais aceitável. Mas aqui em Brasília ouço muito frequentemente o argumento de que temos um clima seco, sem chuvas durante uma boa parte do ano, praticamente 5 ou 6 meses e a manutenção se tornaria difícil enquanto que os cuidados teriam que se intensificar. A arquitetura tanto do espaço público aberto quanto do edifício fechado deve levar sempre em conta o local avaliando as suas condições climáticas específicas. Um lugar é sempre diferente do outro pela paisagem e pelo clima. É importante que a arquitetura não crie conflitos com as características de determinada região. Ao mesmo tempo, através da arquitetura podemos modificar o microclima de uma determinada área. Impermeabilização em várias camadas Isso porque uma mesma região pode possuir cara

Ensinamento Japonês

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Não tem muito a ver com arquitetura mas tem muito a ver com sustentabilidade e com educação e respeito ao próximo. Publico um texto que recebi escrito por uma monja budista a respeito da situação passada pelo Japão recentemente. Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro (心) .   Kokoro  ou Shin significa coração-mente-essência.   Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?   Outra palavra é gaman (我慢) : aguentar, suportar.  Educação para ser capaz  de suportar dificuldades e superá-las.   Assim, a tragédia de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo  de duas maneiras.   A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima.   A segunda