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Mostrando postagens de agosto, 2011

Cimento queimado

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O cimento queimado é bonito e barato. A técnica é antiga e conquista cada vez mais fãs por ser uma opção rústica, elegante e, ao mesmo tempo barata. Mas para garantir um piso sem rachaduras e outros defeitos, é preciso atentar para algumas dicas importantes, contar com um profissional especializado e ter uma boa receita em mãos. Quando não existia porcelanato e as cerâmicas eram opções muito caras, quem não se lembra daqueles pisos antigos vermelhos feitos com o velho pó Xadrez, ou mesmo na cor cinza natural que eram aplicados nas áreas externas, cozinha e banheiro das casas. Depois eram bem encerados e lustrados. Com o tempo, novas técnicas e materiais dão um ar de modernidade e uma aparência quase semelhante a de certas peças de porcelanato. A técnica básica já é bem antiga, aquela em que o pedreiro prepara uma nata de consistência semelhante à de um creme de leite apenas com água e cimento, aplica no piso e passa a desempenadeira de metal. Antes que a massa seque, joga-se o pó

Surpreendam

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A tecnologia e a globalização tem feito mudanças definitivas nos hábitos e desejos de consumo das pessoas. Depois de ferramentas como o Google é muito mais fácil o acesso ao que tem sido feito no restante do mundo, novas tendências, novos estilos, novos materiais. Nessa nova realidade o papel do Arquiteto também precisa ser repensado. Vem a tona a reflexão que coloca uma diferença entre espaço, impessoal e genérico; e lugar, específico e real. Concordo com a idéia de que a Arquitetura tem que nascer de dentro para fora e emocionar pela valorização do ser humano como elemento-chave de todo o processo criativo. Isso quer dizer que a criação arquitetural deve ser autêntica, vinculada ao desejo e a alma do cliente; e não uma copia de algo existente em algum lugar do planeta, dissociado da emoção. Não importa o ambiente, todo projeto deve buscar uma linguagem que impressione pela percepção do que pode acontecer ali, fruto da essência de uma família ou de um grupo de pessoas que freqüe

Menos é Mais

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A frase “Less is More” tem estado muito presente nos projetos de arquitetura ultimamente. A expressão foi adotada pelo mestre Mies van der Rohe no século XX como um preceito do desenho minimalista, seguido posteriormente por outros grandes arquitetos da atualidade, como Richard Meiers por exemplo. O conceito minimalista nascido no período pós-Segunda Guerra Mundial é o espelho das dificuldades vividas na época, em que muitas pessoas perderam tudo ou quase tudo e tiveram que aprender a viver com menos. Na arquitetura a tática de arranjar os componentes necessários ao edifício de maneira a dar a impressão de uma extrema simplicidade, onde cada elemento e detalhe pode ter múltiplas funções. Os ambientes começaram a conter apenas o essencial, aliando a estética à funcionalidade, sendo que a segunda é mais importante do que a primeira. Não é uma apenas questão de moda, de tendência, ou apenas uma tentativa do arquiteto para convencer o cliente que o vazio no projeto é “tendência”.

Qualquer semelhança é mera coincidência

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ESTÁDIO NACIONAL DE BRASILIA - BRASIL Projetado pelo escritório Castro Mello Arquitetos, o estádio de Brasília foi uma das propostas submetidas à análise da Fifa que mais alterações teve no aspecto plástico, em relação à arena inicialmente desenhada. A cobertura é formada por uma linha externa tripla e circular de pilares arredondados envolvendo o estádio, com estrutura mista de concreto e cabos de aço tensionados. A capacidade é para 70 mil pessoas. ESTADIO DA CIDADE DE BOURDEAUX - FRANÇA Do escritório suíço Herzog & de Meuron, o projeto do Stade Bordeaux Atlantique será construído até 2015 na cidade de Bordeaux, na França. O estádio consiste em uma estrutura simétrica formada por várias colunas, que sustentam a cobertura e as arquibancadas da arena. Uma "floresta de colunas" que sustenta a estrutura das arquibancadas. A capacidade é para aproximadamente 43 mil pessoas Esse mesmo escritório suiço tem experiência nesse tipo de projeto. São deles a Allian

Arquitetura Bioclimática

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"A concepção bioclimática pode ser definida como aquela que abriga princípios de desenho que utilizam a adequação ao lugar e à cultura como parâmetro fundamental."   Parte então das condições existentes, culturalmente adequadas e dos materiais locais para através da própria concepção arquitetural como mediadora entre o homem e o meio, avaliar os elementos térmicos, da luz, do som e da cor. (Prof. Marta Romero – Arq/Unb) Buscando minimizar os impactos da construção civil no meio ambiente, a Arquitetura Bioclimática analisa as condições climáticas locais para oferecer conforto térmico em todas as estações do ano. “A arquitetura é uma atividade da construção civil que é conhecida como a atividade dos 40, por consumir 40% dos recursos, por emitir 40% dos gases poluentes e por consumir 40% da energia que a gente produz” explica o arquiteto especializado em bioclimatismo, Giuliano Pelaio. Pelaio explica que “a arquitetura bioclimática está muito ligada a três grandes fatore

Energia Eólica no Brasil

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A energia dos ventos é uma abundante fonte de energia renovável, inesgotável, limpa e disponível em todos os lugares. Por isso a geração eólio-elétrica no mundo expandiu-se de forma acelerada ao longo da última década, atingindo a escala de gigawatts. No Brasil, tradicionalmente, o maior aproveitamento dos recursos eólicos tem sido para cataventos multipás de bombeamento d'água. Agora as coisas começam a caminhar diferentes na direção da geração de energia. Medidas precisas de vento realizadas recentemente em diversos pontos do território nacional, indicam a existência de um imenso potencial eólico ainda não explorado. O atlas do potencial eólico brasileiro do Centro de Referência para energia solar e eólica-CRESESB estima um potencial disponível no Brasil da ordem de 143 GW. As principais regiões para aproveitamento do potencial eólico no país são os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A ma

Parque Olímpico do Rio de Janeiro

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Vista aérea do Parque Olímpico Acompanhando o processo de obras para os jogos que acontecerão no Brasil nos próximos anos, tivemos essa semana o anúncio do vencedor do concurso internacional para o Parque Olímpico do Rio de Janeiro. O projeto é do arquiteto britânico Bill Hanway, em parceria com Daniel Gusmão, da filial brasileira da Aecom. O escritório recebe prêmio de R$ 100 mil. O projeto deveria indicar a localização e volumetria de prédios e arenas destinados às competições esportivas, bem como os espaços reservados para praças, ruas e jardins. Além disso, deveria sugerir volumetria para os futuros empreendimentos imobiliários a serem construídos na área após os jogos de 2016. O plano também contempla duas mil vagas de estacionamentos destinadas a veículos das comitivas oficiais, prestadores de serviços e patrocinadores. O concurso ainda tinha como premissa o desenvolvimento de um plano para evitar o escoamento de detritos para a Lagoa de Marapendi durante períodos de c

Cidades para pessoas

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O arquiteto Jan Gehl , responsável por mudar a cara de Copenhague nos anos 1960, ensina como criar cidades melhores para as pessoas, mostra que as cidades têm solução e dá a receita: pensar, em primeiro lugar, nas pessoas: “Cidades são feitas por pessoas e para pessoas. Somente mudam quando as pessoas mudam.” Seu foco principal é melhorar o ambiente para pedestres, ciclistas e outras formas alternativas de transporte promovendo assim a sustentabilidade das cidades. Em 1971 ele publicou seu primeiro livro, Life Between Buldings ("A vida entre os prédios", ainda sem versão em português) em que se debruça sobre o comportamento das pessoas nos espaços públicos. Se utiliza a Strøget, a primeira rua de pedestres de Copenhague, como laboratório para mostrar que priorizar as pessoas era o melhor para criar boas cidades. Copenhague hoje é exemplo mundial de uma cidade boa para se viver onde um terço das pessoas usa a bicicleta como transporte no dia a dia. E tudo começou com u

Hush Pod

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Pensando numa forma de se escapar para um lugar quieto mesmo estando em um lugar publico, a designer Freija Sewell criou Hush Pod (traduzindo literalmente: a vagem do silencio), um feltro muito confortável, macio e quentinho (isso não seria muito bom para nossas regiões quentes) em forma de casulo. Costurado à mão a partir de um feltro biodegradável, esse objeto/espaço privado pode ser colocado em praticamente qualquer lugar publico como aeroportos, estações de trem, etc. para oferecer descanso em meio ao burburinho e ao stress, ou mesmo para um escape. A ideia foi publicada pela Inhabitat depois de ser apresentada na ultima exposição de designers de Londres como um objeto que pode ser utilizado de diversas formas, desde uma simples poltrona super confortável até a possibilidade de se fechar como uma pétala garantindo a privacidade no seu interior. Que tal ter alguns desses no aeroporto pra descansar ou passar a noite quando seu voo atrasar? Photo © Ana Lisa Alperovich for I

Soluções simples podem reduzir consumo de energia

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A eficiência energética e o consumo de energia de um edifício devem ser pensados desde o inicio da fase de projeto com a tomada de decisão de alguns itens primordiais para alcançarmos bons resultados. Um bom exemplo está na reforma do edifício Paulo de Tarso de Montenegro (antigo Plavinil-Elclor), situado nas imediações da avenida Paulista, em São Paulo. O edifício foi projetado em 1961 pelo escritório Rino Levi Arquitetos Associados e abriga atualmente a sede do instituto de pesquisas Ibope. A construção foi objeto do Concurso Otec de Eficiência Energética para Edifícios Existentes - Edição Ibope 2010 e poderá ter seu consumo de energia elétrica reduzido em 59% se forem implantadas as medidas previstas pelo projeto vencedor, desenvolvido por Iraci Miranda Pereira e outros. As intervenções abrangem soluções simples e de funcionamento integrado como a substituição dos vidros atuais por versões de melhor desempenho e colocação de brises discretos de material reflexivo associados

Oscar Niemeyer

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O portal de arquitetura norte-americano ArchDaily realizou uma pesquisa sobre o número de fãs que “curtem” as páginas de arquitetos e de escritórios de arquitetura. Não que eu ache que isso realmente faça diferença, mas pesquisas assim alimentam as estatísticas que de alguma maneira devem ser importantes senão não seriam feitas. Então o ranking das melhores escolas de arquitetura no mundo, as cidades mais caras do mundo, as cidades com melhor design do mundo, as melhores empresas de arquitetura, etc. e agora existe um ranking de fãs de escritórios de arquitetura no Facebook, rede social que mais cresce no mundo? Voce sabia que Oscar Niemeyer ocupa o primeiro lugar desse ranking? O que você acha que seria o fator definitivo dessa popularidade? Serão as características de seu trabalho, sua competência como arquiteto ou o que? Será que ele, do alto de seus 103 anos sabe que é líder entre as páginas de arquitetos do mundo no Facebook? Lista do ranking com o número de fãs: 1. O

Casa Folha

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Merece destaque um projeto residencial que tem feito sucesso em blogs internacionais: a casa Folha em Angra dos Reis RJ Brasil, projeto de 2008 do escritório Mareines + Patalano Arquitetura (Ivo Mareines, Paula Costa, Flávia Lima, Rafael Pretti e Rafael Patalano). O projeto buscou inspiração em arquiteturas brasileiras indígenas, fruto de climas quentes e umidos como o local da casa, angra dos Reis, Rio de Janeiro. A cobertura funciona como uma grande folha que protege do sol todos os cômodos da casa, assim como os espaços livres entre eles. Esses espaços livres representam a essência do projeto, e como não poderia deixar de ser, são os espaços mais interessantes e mais utilizados pelas pessoas que frequentam a casa. Têm na maior parte das vezes um pé direito muito alto e permite que o vento dominante de sudeste venha frontalmente do mar em direção e através da casa, provendo a todas as áreas da casa, abertas ou fechadas ventilação e resfriamento passivo. Ecoeficiência low-tech, onde